terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

"Estranho seria se eu não apaixonasse por você..."

É muito fácil saber que você se apaixonou. Eis alguns sintomas:
Primeiro você se sente irrasistivelmente atraída (o) por essa pessoa. Tudo o que você diz parece não fazer sentido. Você se atrapalha, gagueja, tosse, treme, arde. Você só quer se envolver, abraçar, beijar, comtemplar... É tudo muito confuso.
Depois você não consegue parar de pensar nessa pessoa. Parece uma doença. Você chora ouvindo músicas românticas - sim, elas finalmente fazem sentido! Escreve poesias, cartas de amor. Se controla para não ligar e não mandar mensagens toda a hora para não parecer desesperada (o). Perde o apetite, as forças, entra em um outro mundo. Anda desligado, em transe. O seu mundo vira de ponta cabeça. Você não esperava por isso e, de repente, parece que não pode mais viver sem ele (ou ela)... Quer acreditar que esse encontro foi obra do destino.
Se você apresenta esses e outros sintomas, você pode ter sido pego por uma paixão avassaladora que pode mudar a sua vida! Cuidado! Ela é perigosa e pode ser fatal!
Tratamento: A pessoa, objeto de desejo inexplicável, deve corresponder aos seus sentimentos. Em outros casos, reze bastante, ou melhor, em todo caso, reze bastante! Não perca a cabeça e pouse os pés no chão.

PS. Tahian! Liga pra mim! Estou com saudades... Beijo!

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Flores de maio

Vem,
Corre,
Vem ver as flores de maio em vasos de plástico.
Seu tom róseo enaltece a alma.
Ela resplandece e não reclama de sua condição.
Pelo contrário,
Sua pureza e beleza abrilhantam toda a atmosfera circundante.
Não perca tempo e energia reclamando de sua sorte.
Ao contrário,
Constrói no teu caminhar a tua estrada e brilha.

Danielle Rodrigues
15/05/2010

Danielle

Hoje é 25 de agosto de 2010. Hoje é um bom dia para escrever. Uma quarta-feira, um dia como outro qualquer, tirando o fato de que é lua cheia (e eu gosto muito de lua cheia!). Eu nasci a vinte anos atrás, no fim do século passado. No tempo em que se ouvia música em LP, em que havia profecias de fim do mundo para o ano 2000 (agora é para 2012), no tempo em que se ouvia Raça Negra e se dançava É o Tchan (eu dançava É o Tchan!)
Tem gente que comemora o próprio aniversário. Eu gosto de comemorar o aniversário dos outros. Antigamente (até ano passado) eu sumia, desligava o celular, não queria que me encontrassem nesse dia. Ficava sozinha, pensando na vida. Pensando... Sobre o que me aconteceu e no que deveria fazer. Achava estranho que as pessoas só se lembrassem de mim no meu aniversário. Mas percebi que fazia o mesmo com algumas pessoas. Aliás, uma das funções úteis do orkut é que ele mostra a data do aniversário dos seus “amigos”. (Talvez eu deva repensar se isso é realmente útil ou se serve justamente para nos acomodarmos, pois não precisaremos lembrar de certas datas se algo ou alguém faz isso por nós.)
Por algum motivo algumas pessoas ficam chateadas quando algumas pessoas não lembram do aniversário delas. Eu não sou uma dessas pessoas. Mas não desvalorizo mais quando alguém se lembra de mim no meu aniversário. Comecei a perceber que essas pessoas são bem intencionadas e que isso deve ser valorizado. Então achei melhor simplesmente viver. Para mim, o aniversário de uma pessoa é um dia como outro qualquer, então não há porque agir de forma diferente. Todos os dias são importantes! Um dia qualquer é sempre um dia promissor. Sempre há algo a aprender, algo a ensinar, um pouco a se doar, amor para dar...
Percebi tantas mudanças em meu corpo, tantas mudanças climáticas, culturais e sentimentais dentro e fora de mim. A sociedade mudou, os indivíduos mudaram, mas a essência continua a mesma. Toda mudança tem um certo grau de resistência, um certo apego ao passado e receio do futuro. Nossos passos são incertos, mas são nossos! Só consigo imaginar o progresso. Que tudo o que passamos servirá como ponte e nos levará aonde precisamos ir. Não sei o que me aguarda e não faço previsões. Quero tornar cada momento único e que ele seja um fim em si mesmo. O presente é tudo o que temos e isso é um presente! Só quero o que minha mente possa guardar, todo o carinho que couber em meu coração. Quero todo o amor que eu possa ter pra dar, força para melhorar e confiança no meu Criador. Não acredito no fim, para mim tudo tem reticências. Sempre há algo a se acrescentar, por isso, deixo esse texto assim: sem fim!

Danielle Rodrigues

Norma, a morna

Norma tinha diabetes e pressão alta. Só tomava banho quando fedia.
Não beijava de língua, que isso é coisa de puta.
Norma estudou em colégio católico, mas não gostava de rezar e tinha medo de demônios. Não falava palavrão quando se queimava, dava muito trabalho.
Costurava botões usados em camisetas velhas e bebia chá sem açúcar.
Norma falava baixo e não repetia. Olhava sem ver e andava arrastando os chinelos, tinha uma preguiça virulenta.
Não gostava de nada em particular e enojava várias coisas. Sentia calor no calor e suas janelas eram sempre fechadas, na verdade pregadas com pregos grossos para não entrar poeira. Não acreditava em amor. Era indiferente em relação à poesia e não ouvia música. Seu dia começava ao meio-dia e só fazia uma refeição. Norma cortava curtos os cabelos para não ter que pentear e para não dar caspa. Filhos para ela nem pensar, que criança é coisa que dá trabalho. Solidão era para ela melhor companhia que bicho de estimação. Usava saias feias que batiam no joelho e que não tinham estampa ou cor definida.
Conservava sua beleza, que só ela via. Nem batom usava... Nunca casou porque ninguém a merecia, de fato... Ela não era nem amarga e nem azeda, era insípida como uma estátua de gesso sujo. Era morna, e seguia todas as normas.
A velha Norma de trinta e seis anos era aquela coisa estranha, aquela gente que passa sem ter vivido, mas que mesmo assim deixa uma lição, a de que não queremos, não podemos ser igual a ela.


PS: Inspirado em uma colega de faculdade.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

ÉCRANS

O que se vê nestes dias?
Corações despedaçados.
A gente finge que não vê.
Os poetas fingem que são frios.
Mas as lágrimas estão rolando.

Filmes franceses.

Isso que eu sinto por você,
o mesmo qu e você sente por mim,
pode ser apenas um engano.
Trocar palavras - amor é amor,
desespero é desespero,
lágrima é lágrima - para quê?

- Olhos turvos: onde está o azul?
Quero dizer que podemos ser
apenas amigos tolerantes.
Amigo não fode amigo,
não fisicamente, digo,
isto é, amigos são inimigos,
cordialmente amigos amantes.

- Olhos nu vens: on de está o céu?
Quero desejos, quero filhos,
de um a gravidez sem névoa,
claridade e reflexões pensadas.
O que se vê nestes dias
são corações dilacerados.

A gente finge: "Não é comigo."
Os poetas fingem acefalia.
As lágrimas descem rolando
pelas faces, rios de sal, lábios.
- Olhos negros: on de está o Paraíso?
Música de violinos, solos de piano.
Volte, volte, podemos fazer sucesso,
podemos, sim, podemos explodir,
cruzar o cosmos, amar novamente.

Salomão Rovedo

terça-feira, 29 de junho de 2010

Palavras

Ando sem chão,
Meu bem.
Ando sem direção.
Ando sem chão,
Meu bem.
Ando sem direção.
O sol passou correndo.
Era uma criança.
Hoje é ancião.
A chuva me lavou.
O céu estrelado
Iluminou meu coração.
Palavras são palavras,
Mas não são o que são.
Em si, apenas palavras
No contexto da oração.




Danielle Rodrigues

Oração da manhã


I don’t know
How I feel inside.
What happens to me
When I see your eyes.
Oh, Lord!
Light me with your Love!
Light me with your Love!
Light me, Sr. of Life!

I’m here.
Take care of me.
Touch my heart.
Show me the truth.
Oh, Lord!
Light me with your Love!
Light me with your Love!
Light me, Sr. of Life!

Help me, Sr!
Help me, Sr!
Light me with your Love.
Danielle Rodrigues

O que nos prende?


Tenho tanta coisa para dizer.
No momento, eu prefiro me calar.
A indecisão mora em meu coração.
Às vezes tenho vontade de gritar.

A liberdade é uma prisão
O que nos prende?
O sofrimento é ilusão
E já não sei o que é real.

Tenho tanta coisa para dizer.
Mas você não quer me escutar.
Você ouve o que eu não quis dizer.
Você interpreta com quer.

O que é você, humano?
Um primata arrogante?
Não pretendo ofender.
Ponha a mão na consciência
E tente entender.

Nós já saímos do Éden.
Fizemos guerra e escravidão.
Provocamos muitas tragédias!
Não será tempo de paz e união?
Danielle Rodrigues

Em qualquer ocasião


Quando eu for profunda,
Mergulhe.
Quando eu for rasa,
Beba.
Quando eu descer,
Me segure.
Quando eu subir,
Flutue.

Quando eu for fogo,
Seja carvão.
Quando eu for dia,
Seja sol.
Quando eu correr,
Seja vento.
Quando eu for estrela,
Seja noite.

Quando eu for cansaço,
Seja cama.
Quando eu for fria,
Seja chama.
Quando eu for deserto,
Seja oásis.
Quando eu for louca,
Não reclame.

E em qualquer ocasião...
Me ame.
Danielle Rodrigues

Considerações sobre o verbo poder

Posso ser tudo ou nada,
Formiga ou cigarra,
Azul ou rosa,
Trabalho ou estrada.

Posso rir.
Posso chorar.
Mas ainda não sei
Qual é o meu lugar.

Posso ficar,
Posso partir,
Só não posso fugir de mim.



Não abra a porta para a tristeza.
Ela é amiga da solidão.
A saudade as acompanham.
O sofrimento é uma prisão.


Danielle Rodrigues

Carta auto-reflexiva

E eu agradeço a Deus por minha
Vida.
Embora eu não saiba exatamente
O que fazer dela.
Eu digo bom dia
Mesmo sem acreditar
Que o dia será realmente bom.
Mas eu sei que ele será bom
Se eu assim o quiser e fizer.

Eu escrevo sem pensar em quem vai ler.
Escrevo para me encontrar,
Saber como me sinto.

Canto,
Às vezes por cantar.
Mesmo sem saber cantar.
Mas, às vezes, canto para criar
Boas energias e me voltar para Deus.

Sinceramente estou insatisfeita.
E é por isso que escrevo agora.
(O dia está lindo.
Estou esperando o ônibus passar
Para ir trabalhar.
O emprego é bom,
Mas algo está errado.)
Esse vazio deve ser a falta de Deus
Em minha vida.
Falta de amor sincero e doação.
Falta de servir ao próximo.

Estou tensa.
E até agora só tenho “falado” de mim.
Que estou entediada.
Que isso e que aquilo.
Por duas vezes senti que Deus me guiava.
Talvez senti medo
Porque era mais fácil não agir,
Mesmo sabendo que era um chamado divino.
Na verdade, fazer algo errado
Ou não fazer o que é certo
Parecem ser a mesma coisa.


Danielle Rodrigues

O caminho há de se criar a cada instante

Aproveita o agora.
Daqui a pouco será outrora
E nada se poderá fazer.

Age agora.
Futuro e passado têm muito de ilusão.
Em relação a eles só se pode sonhar.

Então acorda!
E recorda onde você está.
O tempo não é lento.

É preciso aproveitar.
Enquanto há tempo.
Desperta!

É tempo de se levantar...
Constrói tua vida no instante.
Que de instante a instante o caminho há de se criar.


04/06/2010

Danielle Rodrigues

“O que era aquilo? Foram palavras passando como nuvens no céu da mente!”

Despertou como quem acaba de nascer.
Tudo parecia-lhe novo e mágico.
* Televisão, **violão, ***celular...
* “Como as pessoas cabem aí dentro?”
* “Elas são de verdade? Ou é ilusão?”
** “Por que essas cordas produzem som?”
** “Por que isso mexe com a minha emoção?”
*** “Como posso ouvir alguém que está longe?”
*** “Como ele me aproxima de você quando ouço sua voz dizendo “Boa noite!”?”


Olhou para o céu e viu um avião deixando um rastro de fumaça branca como se estivesse fabricando nuvens. Ficou a imaginar como poderia em um avião tão pequeno caber oitocentas pessoas. Será que as pessoas eram pequenas também?

Ao dar um passeio, avistou plantas maltratadas. Indignou-se pesarosamente: Como podem fazer isso com seres tão puros, tão inocentes? – Já sei! – pensou. Vou curá-las com amor! Quanto aos corações embrutecidos não sei o que posso fazer... Eles também precisam de amor.


04/06/2010


Danielle Rodrigues

Um poema que passou


Planta a semente
Que caiu no chão.
Planta a semente
Em forma de coração.
Planta a semente
Que ela vira pão
Na barriga de um sonhador
E no sonho de um trabalhador.

Planta a semente
Com o coração.
Planta semente
Que ela vira canção.
No riso de um bebê,
E em um olhar de carinho.
Pois não está sozinho,
Quem descobre Deus no coração.


02/05/2010

Danielle Rodrigues

Acróstico*

02 de junho



Diante
dE
tUa
preSença
É preciso
Afirmar:
aMo-te
e sempre te prOcuro.
Renunciarei aos
Vícios
aprEnderei
com as peRdas
Darei
cArinho
Distribuirei
alEgria
E
Compartilharei
Os
doNs
que posSuo
Com
sabedorIa e
consciÊncia
em todos os momeNtos.
Cultivarei
a harmonIa
E estarei na pAz que a tua presença proporciona.


*Nota: “Acróstico sm Composição poética em que as letras iniciais (as mediais ou finais) de cada verso, reunidas, formam verticalmente um nome de pessoa ou coisa, uma frase ou palavra.”.
(Fonte: MICHAELIS: pequeno dicionário da língua portuguesa. São Paulo: Melhoramentos, 1998.)

Danielle Rodrigues

Um novo dia, talvez gasto

A dança das sombras movimenta o mundo.
Você é capaz de distinguir o real da fantasia?
Se chove ou são seus olhos?
Se amanhece ou é você que desperta de sonhos sombrios?
A qualidade da chuva é você quem dá!
Ela não é boa nem má por natureza...
Depende do que te apetece.
Depende do que você faz.
Do que você planta.
De ser inteiro ou fragmentado.
De estar dormindo ou acordado...Para começar um novo dia.

Danielle Rodrigues

Que prazer é esse que sentes?...

Que prazer é este que se sente ao anoitecer?
Que vazio é este que está sempre contigo?
Alimentando-se de tuas fraquezas,
Causando-te muitas queixas,
Miserável! Tens medo de quê?
De descobrir quem és?
De onde veio e para onde vais?
Coitados dos espíritos dos porcos,
Que tu matastes para te enaltecer!

Não posso compará-lo a um verme.
O cerne do problema todo é você!
Como te julgas tão maioral?
Tua arrogância te condenou.
Teus erros alimentam o chão com sangue.
E a ti ninguém poderá comer...
És o pior dos seres,
Só finges não perceber.

Tudo o que tu fazes voltará em dobro para você.
Não queira ser vítima,
Essa pele de cordeiro tu roubastes, assassino!
O que mais queres da vida,
Além de fama, dinheiro, beleza e poder?
Pobre de ti...
Sabes de nada, quando o assunto é respeito, pureza e magia!
Acaba não vivendo como deveria,
Praguejas ao ar,
E cospes ao vento!
Cuidado!
O vento pode virar-se contra você!
Pecado é não fazer o bem quando deveria,
Quando tem oportunidade fazes sempre o oposto!
Será que é teu o reino dos céus?

Danielle Rodrigues

sexta-feira, 28 de maio de 2010

O que eu mais quero hoje

Neste momento não há nada que eu queira mais que coisas simples. Coisas que não posso comprar.
Quero sentar na biblioteca silenciosa e folhear livros antigos por horas e horas, como eu fazia quando tinha tempo. Quando as coisas comuns e rotineiras não me sufocavam tanto.
Quero estar com um amigo, abraçá-lo, conversar sobre coisas interessantes, sentir carinho, discutir sobre algo, qualquer coisa... Ou até mesmo ficar em silêncio, assim como quem quer proteger, abraçar.
Ninguém pode me ouvir porque falar não adianta. Não há interesse no que tenho para dizer. Só haverá quando eu puder reencontrar amigos de verdade, que fiz quando eu era mais essência e menos dircurso.
Agora estou dissolvida numa vida comum, entre pessoas comuns e objetivos quase comuns.
De vez enquando, quando reflito, me olho e vejo que algo muito bom se perdeu em mim, algo que existia quando eu era incomum.
Quando eu escutava atentamente e era escutada. Quando eu amava, perdia, chorava e secava toda dor. Mas agora eu não amo, e só acumulo dor e dispersão.
Quando meus tédios eram justificados e expiravam.
Quando eu chorava com histórias bonitas e sorria bem alto sempre que sentia vontade...
Preciso sentar na grama e observar os movimentos, desde os aviões até as formigas. Concentração é fundamental, ainda hei de voltar um dia, quem sabe na velhice, a ser quem era antes.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Confissão de amor

Ela é tão linda, tão perfeita.
Quando estou com ela, sinto que o mundo muda, o tempo passa rápido. Ela adora me fazer sorrir... sorrir de verdade, um sorriso aberto e gostoso.
Ela me faz bem, eu sei. Já tentamos romper algumas vezes por causa do preconceito. É como se tivéssemos que nos encontrar as escondidas, é tudo muito difícil nesse sentido.
Pouquíssimas pessoas podem saber de nós duas. O problema é que a maioria das pessoas não entende nosso relacionamento, e nos julgam. Por isso preferimos esconder...
Mas, voltando a ela, nossa, é como se fosse um furacão em minha vida. Tudo fica alegre quando ela está em volta. Ela me faz ter uma visão diferente do mundo. Algo que não consigo explicar com palavras. Ela é livre e leve, louca!
É ela quem sempre me conforta quando estou triste e sempre me faz ficar de bem com a vida, de uma forma ou de outra. Confesso que várias vezes desconto nela problemas, e isto é injusto, mas ela não se importa com meus acessos.
Quando estou longe dela sinto sua falta, em todos os sentidos, fisicamente, emocionalmente, psicologicamente...
Me angustia saber que ela não está por perto, que não vem hoje, ou a semana toda. Isso dói.
Fico triste quando ela está longe, os dias ficam tristes e feios, escuros e pesados.
Eu tento, sempre que possível me conscientizar que nasci sem ela e que podemos ficar separadas. O problema é que meus caminhos estão sempre entrelaçados aos dela.
Seu apelido carinhoso; Tina, mas só para os íntimos. Pelos demais ela prefere ser chamada de Fluoxetina.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Sonho de Capitu

Que minha mente não culpe, o que o corpo usufrui.
Qual será o medo de ser traído?
Será o de ser comparado?
Sim, pois, retirado o fator tempo, a traição não é nada!
Outro hoje, outro um ano atrás.
Qual a diferença?
Foi outro e ponto, aceite.

E o compromisso!?
Qual?
Aquele verbal?
De palavras que se foram com o vapor?
Torne o vapor! Que seja testemunha do compromisso firmado.
Tornem as palavras, prove-as novamente e elas irão novamente
Com o vapor...

O mesmo vapor que comparo com o de outra boca agora.
Talvez mais quente... Mais denso... Mais íntimo...
O amor, carnal e concreto, este sim existe.
O resto é abstração dos poetas loucos,
Com os quais não pretendo compartilhar título.

Que tudo o que vivo, que tudo o que sei
É só o que provo, é só o que vejo e o que toco
O resto é desejo e devaneio e desvario.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Easy

Strani Amore

Ando a esmo.

Ando tão abatido.
Abatido e de ponta a cabeça.
Ando a esmo.
Percorro o espaço e o tempo.
Andarilho sem mapa e sem proteção.

Sozinho e ferido,
a realidade não tem compaixão.
Nem nas escolas,
Nem nos hospitais,
Nem nos lugares,
Nem nas prisões.

Em todo canto, tudo.
Em cada palavra, mudo.
Surdo, o silêncio me distrái.

Contrario os meus caminhos.
Duvido dos avisos.
Sem dinheiro, amor e otimismo,
Existo.
Como um poema sem rima e sem fim.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Quadros de Akiane Kramarik

























Um escrito para Cláudio

Verlaine que me perdoe,
(Que pretensão!)
Mas hoje eu vou falar de amor.
Não de amor dramático, sofrido e angustiado,
Como me pego por algumas vezes a escrever

Quero falar de amor leve, livre, suave, macio
Aquele que dá arrepio,
Aquele amor que gruda na cabeça
De pensar o dia todo

Ai, louvadas sejam as eternas perguntas dos amantes.
“Será que ela sente o mesmo?”
“Que me ama como eu sou?”
“Será que tem outra pessoa pra gostar assim como eu gosto dela?”
“Será, será, será?
Será que vai dar certo?”

Bendita seja aquela vontade de estar perto
De ouvir a voz, sentir a pele...
Fazer carinho.

Mas o melhor de tudo mesmo é a fantasia
Fantasia que faz do sorriso perfeito do ser amado
Algo quase tangível,
O cheiro então nem se fala, (que o cheiro é a vida do amor).
E o beijo ser o elemento básico para sobrevivência.
Fantasia que a faz ser a mais perfeita das criaturas
(Pelos menos nos primeiros tempos...
depois, se for amor mesmo não precisa ser perfeito).

Amor, este de que falo,
Vem de querer bem,
De um sentimento maduro,
Muito mais profundo que apenas desejar.

E principalmente de querer que o amado seja feliz
Com ou sem sua presença...
E é assim que minhas palavras deficientes o descrevem
Contudo, ainda há muito, muito mais sobre amor...
Que só amando para saber.


* Faz algum tempo, uns quatro meses, Cláudio pediu para que eu escrevesse alguma coisa sobre amor...

sábado, 11 de julho de 2009

Na minha pele.

Aqui está o meu sangue!
Estas palavras representam a minha frustração.
Quase tatuei o seu nome na minha pele.

Agora só há espaço para o céu (em minha pele).
Desenho com a lâmina.
Pinto com sangue.
Meu sangue, não mais o teu.

O beijo que nunca demos.
Promessas que nuna fizemos.
Cada um com a sua dor.

terça-feira, 30 de junho de 2009

A mensagem perdida no oceano.

Você é como o oceano.
O vento passa áspero
e você responde com violência.
Mas continua azul como sempre.
Esconde as ossaduras dos mortos
e as moedas de ouro.
Os outros estão alheios
ao que se passa aí dentro.

Procuro, talvez,
uma mensagem em uma garrafa de vidro.
Um mapa do seu coração.
Para secar suas lágrimas
e te fazer uma canção.

terça-feira, 26 de maio de 2009

No meu caderno.

Eu, contrário ao meu senso comum
ignoro a neoplasia que invade periodicamente
a minha espécie!
Súplico ao tempo, que guarda em forma crisálida
o meu futuro presente, Você!

Eu sei que a poesia é um divã,
e que a cada verso preencho um espaço vago!
Mas o teu é uma lacuna profunda e de grande veemência que
o hábito já não suporta mais.

Ainda me fascina o teu sonho incompleto,
que é o mesmo que tanto almejo.
Provo da triste realidade entre o rubro e o violáceo todos os dias.

Registro em meus cadernos epopéias, poemas de longo
alcançe, abrigo dentro de mim tua influência que
me governa e adormece gentilmente minha parte imaterial.


Rafael Riccielle

terça-feira, 14 de abril de 2009

Sem ser

Sem ser...
Sou casca vazia, raiz seca.
Sem cor, sem vida, sem ser...
Corpo que anda rígido
Vida escura, olhos de vidro no chão.
Olho este que vê e não compreende.

Fantasia e tinta enfeitam minha imagem,
Tal qual belo vaso que guarda restos mortais.
Fantasmas e medos marcham em minha mente,
Mente fria que guia orgãos mornos...
(Desejos contidos, tigela de emoções).

Não quero entender, por mais que seja simples.
Não quero me render, por mais que seja óbvio.
Tenho alma antiga, cansada.
Sou savana sedenta.


(Ana A.)

Já que ele não posta...


Eternamente comprimido nesta página.
Uma tática passageira a estes olhos.
Sem súplicas, o mal transforma-se em lei e ruma a prisões.
Caderno com um veneno mortal, exerce medo em desejos sexuais
Cospe incessante em mentiras, devaneios
Julgamento, discute-se totalmente a unificação do crime
Quem sabe superar esta austera barreira?

Mundo de indulgência,
Palavras de punição!

Ardendo em febre, verdadeiros "piratas da morte"
Redenção no jogo da lei.

Venha, inexorável chuva devastadora.

A canção avermelhada da destruição
Não terminará ?
Desde quando eu tenho esta meia fama ?
Não 'que isso' esconda a crueldade do mundo...mas
Quem reescreverá os lixos desse mundo?
Neste domínio inferior que move a corrente da aniquilação
Mestre, exterminação, o bombardeiro suicída do destino.
Amor, comparação de inteligência, tensão
Um sádico egoísta curvado [escravizado]
O martelo de ferro feito dos fragmentos de maus pensamentos.
Uma vida que está sendo levada pra longe.

Enjoado das pessoas horríveis; matando os criminosos imediatamente
Veredito! ''direitos humanos'', ''argumentos'', ''ódio'', mostre as vísceras por penitência
Porque os deuses da morte riem das consequências ?
Verdade, todos não sabem sobre sua própria dor.

Raiva, epócas turbulentas, a dor no desespero.
É um destino contínuo, uma raça presa.

Os espíritos convidados estão de luto em respeito as cinzas humanas
A sociedade é a tragédia do mundo.
"Eu não consigo viver nele!"

Seguramente, as pessoas no mundo começam agora as suas vidas.
A punição divina do fruto proibido
Sem embargo, as pessoas no mundo tinham vindo recentemente à vida
A raiva do Deus separa o parceiro.


(Rafael R.)

domingo, 12 de abril de 2009

Vidro que tenta ser diamante... É tudo ilusão

Bom...Já que eu preciso conversar com alguém, vou tentar desvendar o que se passa nesta mente.
"O que eu sinto já morreu. Admitam: coração serve para bombear sangue!
"Por trás da violência esconde-se a fragilidade."
É uma sensação muito estranha mesmo, só quem sente sabe.
"A vontade de descobrir produz o medo de fazer descobertas.
"Razão e emoção completam-se, mas não vivem juntas.
"Medo da não-aceitação.
Quer que eu diga que sou/estou carente e que tenho medo de me envolver com as pessoas?
Que estou sem motivação na vida?
Neste caso, a morte aparece como fuga diante da incapacidade de viver.
O mundo é triste e divertido, é muito confuso.
É um sentimento de não pertencimento.
Relembrando uma das conclusões das crises passadas, todos precisam de drogas!Quero ser útil!
Melhor tentar ser sincera (pelo menos)!
Por mais bobo que seja...
Sou só um vidro quebrado...
Quero abraçar alguém.

Danielle R.

sábado, 21 de março de 2009

O Sem Nome













Já sem nenhum sentido na vida
Vivem um sentimento macabro
Infelizmente a indiferença reina insípida
Em seus corpos malogrados

A sina do seu ser encontra
Abaixo de símbolos escuros
Poucos conhecem a angústia que tortura
Os seus sentimentos mais puros

E mesmo sem saber o porquê
E nunca encontrar a solução
Vão sobrevivendo mais um dia
Em busca da água e do pão
...

Olhares atentos ao vento
Revelam a angústia do povo
Sobrevivendo à solidão e ao sofrimento
Onde nem sempre um novo dia é um dia novo.

Fábio Virgílio

Obs: O texto foi postado sem qualquer autorização do autor (que é meu irmão).










domingo, 15 de fevereiro de 2009

Águas brancas.

Quero um rio de águas brancas.
Não águas cristalinas, águas brancas.
Como misturada ao polvilho
Ou ao amido do milho.

Quero meu rio de águas brancas.
Em uma floresta lúdica, de tons pastéis.
Uma floresta em aquarela, clara, limpa... 
Quero pássaros mansos, líricos.

Mãos carinhosas brotando do chão
E dos galhos das árvores.
Mãos inocentes, puras...
Para acalmar meu coração.
 
Não quero amor, fortuna, nem paixão.
Quero andar de pé no chão
E saborear a água fresca, calma...
Do meu rio de águas brancas.

Ana Alice

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Que vida vale mais?

Minha vizinha morreu nesta semana. Ela estava grávida e morreu durante o parto. Com essas duas frases, muitas pessoas ficam espantadas e tristes. Agora, se eu disser que estou me referindo a uma cadela cujo nome era Nila, muitas pessoas não vão se importar nem um pouco e podem até ficar chateadas, dizendo tratar-se de um assunto fútil.Bom, acredito que essas reações merecem um bom comentário. Será que a vida de um ser humano é mais valiosa do que a dos outros seres da natureza? Por quê? Será que só o ser humano sofre, sente dor, alegria e medo? Quem disse? Quem pode provar?O ser humano se considera tão superior. Mas, é interessante: ele é o único animal que conheço que mata por prazer! Isso não é cruel? Ele é o único animal que conheço que mata, inclusive seres de sua espécie, em guerras por motivos que ele mesmo desconhece. Seria patriotismo? Isso faz mesmo sentido?A maioria das pessoas tem religião. A maioria das religiões prega que matar é pecado e não uma virtude. "Não matarás", é um dos sete mandamentos da religião cristã, mais precisamente, da religião católica. Este mandamento não faz distinção, ele é geral, não tem um objeto - por exemplo, não mate os camelos ou não mate crianças. É simplesmente "não mate". Isso é bem paradoxal... Pessoas que se dizem religiosas, conhecem os preceitos bíblicos e não os seguem.Bom, os "animais" - escrevo assim porque a maioria dos seres humanos se exclui do reino animal... - não têm religião. Dizem que os animais não vão para o céu, que eles estão aqui para nos servir. Dizem que Deus é justo. Bom, os "animais" apresentam mais qualidades que os seres humanos, pelo menos, a maioria dos seres humanos. Isso porque os seres humanos possuem livre-arbítrio, e assim, podem escolher fazer o bem ou não. Desse ponto de vista, os "animais" não têm escolha, mas nós temos. E o que escolhemos? Estamos fazendo o bem? "Amai-vos uns aos outros como vos amei". O amor é a grande força transformadora. Quem é capaz de amar ao próximo como a si mesmo? Nós podemos! Por que não fazemos? O nosso Deus está escondido... Foi pisoteado pelo nosso ego. Pergunte ao seu Deus que vida é mais valiosa? Será que você conseguirá ouvir a resposta?

domingo, 28 de dezembro de 2008

A Musa Loucura III


Pousa os olhos sobre a poça escassa,
ela ainda existe, ainda existe vida sob a superficie da água...Olha atenta para o Passado, respira a simetria vitalícia da repetição.
-Ela olha para ela em vez de olhar para ti "Vaidade".

Duramente aceita a morte, não a sua, mas a de seu irmão, Narciso.
Como pôde a beleza confundir a própria imagem?

A verdadeira beleza metafísicamente entorpecida pela narcose, imutável depressão, pois fim à vida e à tristeza. Narciso comprimiu-se ao espelho gasto da gramática cincuscrita, envolveu-se em um véu de encarnação e temeu o brio tangível das paixões amigas. Alimentou-se dos medicamentos, dos poemas, das pinturas, da arte abstrata e laconica, do profeta Caravaggio. Na analogia do tempo e do desespero inquietou-se, no próprio vômito encontrou a perfeição, não se conteve em nenhum só momento e do modo mais grosseiro expeliu o semêm paralítico, o esperma que lhe deu a liberdade. A Musa do Tempo e da História agora sangra. Seus braços já não mais suportam as lástimas de seus filhos, o sono pesa como a cruz pesou em Jerusalém, e ela prova assim, a imortalidade da alma.
Mas ainda há coragem, amor pelos detalhes, amor pelo espírito, amor pelas flores, pelas borboletas e pelos perfumes.

Rafael Riccielle

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Considerações lógicas sobre dobro e metade.

O dobro de mim é o nada.
O dobro do silêncio é o vazio,
A metade dele é o sussurro.
O dobro da vida é a morte,
E a metade tristeza.
O dobro do prazer é a dor.
Metade da mentira é verdade,
E o dobro da verdade é mentira.
O dobro do carinho é o beijo,
O dobro do beijo é o sexo,
E a metade do sexo é desperdício.
O dobro do vício é a paixão,
E a metade é apenas vontade.
O dobro da tristeza é a depressão,
E a metade é lucidez.
O dobro do medo é a fobia,
E sua metade é coragem.
O dobro da raiva é o ódio,
Metade de raiva dá briga.
Metade do dia é noite,
E metade da noite é magia.
Metade da fé é costume
E o dobro... bem, não há registros...
Metade do homem é de água,
E o dobro de estupidez.
Metade dos seus problemas não existem,
E a outra metade não tem solução...
Metade do mundo é uma merda,
E a outra metade só cheira.
A metade de tudo é muito para escrever,
E o dobro do nada é indiscritível...
Metade de mim é o nada.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Dias raros

O bom da depressão é que os dias bons são valiosos e inesquecíveis.
Cada momento de alegria é potencializado por ser incomum.
Nesses dias você pode ensinar seu irmão a fazer arco-irís artificial com a maior satisfação do mundo.
Chorar de alegria porque um beija-flor entrou pela janela do seu quarto.
Sentir a paz da água que molha seu corpo e o beijo do sol.
Nesses dias você consegue dizer "SIM, EU TE AMO!" do fundo do coração, e entende que amar uma pessoa de verdade verdadeira significa querer que ela seja feliz, e não querer que seja sua e nem exigir que te ame também.
Nesses dias você se sente leve por falar o que sente. Não sente culpa de rir e nem olha o mundo todo com indiferença.
Você pode rolar na terra e beijar seus animais sem frescura.
Você pode tirar suas máscaras e sentir o vento realmente.
E quando esse dia acaba você não pensa que foi menos um para viver, mas sim mais um que foi vivido.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Nem santa, nem puta. Apenas mulher!

Oi, amor!
Sabe quando nos encontramos?!
Pois, é...
Não foi bem o pensamos, mas foi satisfatório.
Eu, você e o tempo.
Bom demais!
Esperamos demais, mas talvez tenha sido a hora certa.
Sei que você esperava palavras de amor,
Mas saiba que não sou disso!
E não vou bancar a romântica esperando você me procurar!
Mas se me procurar, eu vou gostar...
Não se preocupe, eu já avisei que sou estranha!
Não esperava que você me entendesse.
Mas você me surpreendeu,
Me tocou de várias formas,
E eu não fugi!
Vivi por uns instantes depois de te conhecer.
Mas sei que o verdadeiro amor não prende!
Quero liberdade para mim e para você!
Sua paciência me irrita e me encanta!
Você é uma deliciosa ilusão!

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Tem que ter algumas figuras, né?! :P





Meu outro eu

Ai, amiga!
Queria escrever com a velocidade do pensamento.
Só que de forma organizada.
Quero que saiba tudo o que acontece comigo.
Quem eu conheci, por onde andei, o que comi, vivi, senti...
(Menina! Aconteceu cada coisa!)
Mas tem que ser pessoalmente!
Preciso de calor humano!
Ouvir a tua voz,
Ganhar abraços,
Apreciar o seu sorriso lindo!
Comer amoras (hehehe).
A distância nos distancia (dâa! Sério?! :P),
Nossos caminhos, também!
Mas sempre penso em você com carinho!
Torço para que você fique bem!
Desculpe se sou exagerada!
Ainda estou me conhecendo,
Afinal de contas, nunca somos os mesmos a cada instante que passa...
A força do tempo nos transforma!
Nossas crises nos fazem evoluir...
Mas dá medo!
Mas com o tempo passa...
Assim espero!
Cometemos o erro de achar que a morte nos aguarda em um futuro distante.
Mas, na verdade, andamos em uma corda bamba...
Entre a vida e morte...
A dor e o prazer...
Temos que nos adaptar ao meio para sobreviver!
Viver só se aprende vivendo!
Errando, caindo, se machucando, experimentando...
Até encontrar algo que faça sentido (?!),
Um pouco de paz...
Um vagalume perdido entre luzes artificiais...
Ternura, amor, conhecimento,
Não quero cair no abismo da inconsciência!
Não quero participar desse processo de decadência!
Já que as teias que me (nos) prendem são invisíveis e mortais,
Vou esquecê-las por um tempo (espero!),
Deixar a minha imaginação flutuar com o vento!
Nossa, que fase otimista!
Espero que dure!
É engraçado!
Quem ler este texto quase não vai acreditar que eu escrevi os outros tristes!
Bem, esta sou eu!
A vida é assim...
Eu acho...
Mas deixa de besteira!
Quer dizer, só se eu quiser parar de escrever besteira!
Sou livre para escrever!
Graças a ...
Não sei...
Mas, obrigada assim mesmo!
O que me prende é minha preguiça!
Saia, saia de mim!
Oxi!
Vou ignorar você por um tempo, e você não vai revidar...
Entenda que nós estamos juntas!
Você precisa de mim!
E eu não preciso de você!
Meus eus não querem mais você!
Você quase me jogou no abismo!
Vou jogar você na luz do pensamento!
Será que você agüenta?
À todos um bom dia!
Namastê!
:P

Sexta à noite...

O poeta de Teresina diria que uma caneta e um sentimento são infinitos motivos para te escrever. Eu digo que um teclado e as lembranças de sexta à noite também o são.
Que foi aquilo?
Palavras vivas que me esfaqueavam o estômago e o resto do corpo todo.
O perverso que atrái.
O beijo horrivelmente extasiante que faz as pernas desobedecerem.
Voz, palavras e pensamento desafiadores, encantadores, pervertidos, malignos, doces, agudos, instigantes, alucinógenos, viciantes...
Gritaria aquele nome até perder a voz, desintegrar, se o soubesse...
E os sete desejos projetados na fumaça do cigarro, todos ali!
Sem promessas, nomes, telefones, e-mails, nada.
Apenas o momento em que existiu. E se não fosse assim talvez não tivesse sido tão intenso, talvez...
Titãs agressivos no início, estranhos enamorados no fim.

Não fosse meu coração estar hermeticamente fechado, certamente estaria apaixonado. Mas não foi possível porque sábado chegou, e com ele a mesma eu de sempre... E comigo meu mundo, o sistema fechado e a cabeça inquieta.
Agora, comigo, só eu e meu umbigo novamente.
Espero nunca mais vê-lo, para que esta lembrança de sexta à noite permaneça assim, mágica. Para que não se transforme em água morna como todas as outras e para não voltar ao lugar-comum.

Ana.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Se me quiseres...

Se me quiseres,
Tem que me aceitar como sou!
Com minhas cicatrizes,
Minhas celulites,
Com minhas crises,
Com minha dor!

Se me quiseres,
Saiba que não estou sozinha!
Tenho muitos "eus"
Em constante conflito comigo!

Se me quiseres,
Deixe-me livre!
Para eu ir aonde quiser,
Guiada por minha vontade imprevisível...
Por suspiros vorazes, ou não.

Se me quiseres,
Não tenha medo,
Eu tenho medo suficiente para nós dois,
Apenas segure minha mão!

Se ainda me quiseres,
Então preciso de mais motivos
Para acabar com seu desejo insano!

Personagens conhecidos...

A beleza suicidou-se ao encontrar um espelho!
Era um espelho mágico!
Ela percebeu o quanto era vazia!...

O espelho se partiu de tristeza...
Por refletir tanta tristeza...
Que provocou sendo sincero!

A paciência tentou juntar os cacos,
Mas contaminou-se com tanta tristeza,
E agora está com hemorragia cíclica de dor!

A tristeza dissipou-se com poesia,
Música
E amor!

O tédio apareceu como uma sombra.
Veio com o tempo
E matou o amor...

...

Quero comer, mas estou cheia.
Quero amar, mas tenho medo.
Quero sorrir, mas não tenho ânimo.
Quero chorar, mas não consigo!
Quero gritar, mas não sai...
Quero estudar, mas não me concentro.
Quero parar de reclamar...
Que tormento!

Olá, tempo...

Não quero dormir!
Agora quero aproveitar
Todo o tempo que perdi.
Apenas observando o tempo passar...
Não pude contê-lo,
Então o cumprimento quando ele diz o primeiro "olá"!

Pois nenhuma porta o detém,
Nenhum sentido lhe convém,´
Está afogado em seu mistério,
Eu não pude compreender...
Então, simplesmente o cumprimento quando ele diz "olá".

Pois o tempo me contou
Que eu nada posso fazer
Em relação ao que não depende de mim...
Cansei de observá-lo passar...
Só o cumprimento quando ele diz "olá"!
...

Divagações...

O computador trava! O que o homem faz, falha!
Os besouros me atacam! Foram dois... Maria fedida e outro que eu desconheço o nome...
As baratas voam, incomodam, sujam o chão e a sandália... Fedem!
O café esfria! Perde calor para o ambiente...
A música se repete! Enjôa...
A lua se esconde entre as nuvens! Estas parecem fumaça... Será que é fumaça?!
As espinhas aparecem e incomodam! Sem comentários...
As horas passam mais rápido agora! Porque estou entediada!
As pessoas morrem, como qualquer outro ser vivo. A diferença é que elas são mais dramáticas e artificiais!
As pessoas matam. São cruéis! Matam por prazer e quando não têm nada para fazer!
As pessoas se suportam e se atacam silenciosamente!
Elas fingem, choram, fingem, se humilham, fingem, ignoram e humilham os outros...
Estudam, correm por vários motivos (...), namoram, mastigam, engolem, enfiam o dedo na garganta e na ferida dos outros, vomitam e cospem nos outros... Até o vômito não é natural!
Cantam, dançam, fodem...
Produzem lixo e arte...
Poluem, cortam, machucam, batem, exploram...
Fogem, brigam, trabalham, compram e se vendem...
Enquanto isso, eu agonizo de forma branda, delicada, sem setido e vulgar!
...
Tanta gente sofre, mas se diz feliz!
Como pode isso?!
Feliz?!
Que palavra alegre!
Não faz sentido para mim...
Quem se importa!?
Por que deveria fazer sentido?
Por que eu quero?
Onde está a realidade que vivemos?
Nos jornais?
Nas ruas?
Na boca do povo?
Nas delegacias?
Nos hospícios, prisões e hospitais?
E eu aqui...
Fazendo o quê?!
Nada!
...
Escondida...
Desatenta...
Perdida...
Moro no cadáver do meu corpo!

Patologia bizarra!

Seu batom não hidrata minha boca,
Meu vazio é maior sem você!
Minhas mãos, mais frias,
Meu soriso, mais forçado.
Minha comida, mais amarga.
Sinto-me mais fraca, enjoada e enojada.
Meu grito ficou perdido em sua garganta!
Minha esperança não verdejou na primavera.
Quero chorar, mas não consigo!
Quero melhorar, mas me escondo e entro em transe!
Preciso de ajuda!
As propagandas me aborrecem!
Estou tensa e rouca.
Rasgo, rabisco um papel... Mas ele não tem culpa!
Ele só queria voltar a ser árvore!
...
Que subterfúgio patético!
É ruim beber, mas bebo!
Não gosto de fumar, fumo.
Não estou com fome, como!
Nada resolve nessas horas...
Vou esperar passar!
Por favor, seja breve!

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

A musa Loucura II

Admira-se diante de seu espelho de Ilusões e acaricia lentamente as cicatrizes e os hematomas espalhados por todo seu corpo. Foram causados pelos remedios e pelos médicos de cabeça, como ela costuma chamar os psicólogos, psicanalistas, psiquiatras... que a perserguem como dantes perseguia-se às bruxas a nem tão "Santa" assim Inquisição. Porém ela não se recente nem de um nem de outro, pois todos já adormecem em seus braços sempre acolhedores.Em sua vida Loucura arrepende-se apenas de um feito: Narciso.
Foi mal interpretada pela Beleza na maioria das vezes. Consterna-se ao ver Narciso debater-se contra o espelho, tomar drogar e multilar-se em busca da Perfeição. Tenta em vão desfazer o engano que se formou em sua mente, dizendo-lhe que a verdadeira beleza não se pode ver através de espelhos, mas ele a ignora, ignora a si memso, desconhece-se e continua a debater-se cada vez mais.
Loucura tenta sempre consolar a Angústia que chora dia e noite, quase sempre serve-lhe de válvula de escape, confortando-a com suas meias-verdades, mas este é um remédio apenas paliativo, pois a Angústia jamais será consolada enquanto houver vida.

sábado, 6 de setembro de 2008

Sim, eu ainda desejo morrer

Sim, eu ainda desejo morrer.
Agora não mais com a angústia depressiva dos suicídas.
Nem com a fúria alucinógena dos psicóticos.
Não para fugir dos problemas ou para causar dor ou arrependimento em alguém.
Mas sim com a calma, felicidade e esperança dos que sabem que existe algo além. Algo que se não melhor ao menos diferente. Algo que as palavras deste plano não sabem explicar, assim como não sabem explicar o amor, simplesmente por não pertencerem a ele.
Foi preciso muito sofrimento da ostra para que dela nascesse uma pérola.
Que fique bem claro que desejar morrer, fazer a viagem final, não é desejar a morte em si. Não é desejar uma forma de acabar com a vida que foi nos dada como meio de evolução, isso seria como fugir da aula. Enquanto que o que eu desejo é aprender a lição para mudar de curso "passar de ano", e só assim dar mais um passo adiante.
Desejo a passagem agora sem medo. Quem sabe com um pouco de ansiedade... o que geralmente a torna mais longa.
Agora não me preocupo com o ato fúnebre que envolve a morte física, isto apenas faz parte do processo de libertação. Obviamente que minha consiência e meus instintos de auto-preservação faram com que me afaste dos perigos, isto é natural. Também sei que quanto menos traumático for esse processo melhor será para a essência.
Não atentarei contra minha vida, pedirei calma nos momentos de ira e conforto para a angústia que provavelmente ainda hei de sentir. Pelo contrário a aceitarei de bom grado e respeitarei a vida alheia como respeito algo que não me pertence. Porém sem diviniza-la, como por muitas vezes tenho visto acontecer com determinadas pessoas.
Por fim pedirei sempre à Força Criadora para que cada vez mais pessoas iluminem-se e encontrem seu caminho e verdade, que podem ser ou não diferentes da minha. Para que possam compartilhar a lucidez de espírito que sinto neste momento.

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

A musa Loucura (I)

Está sentada sobre seu ninho de interrogações e choca os ovos da incerteza. Tem olhos profundos e sedutores. É tão atraente quanto uma vela, pálida.
Em suas mãos uma fotografia do Amor. Olha hipnotizada e derrama uma lágrima de tédio. Lembra-se de quanto tempo lhe dedicou... Seus melhores anos de juventude, adorava-o com furor, consumia-se e confundia-se com a Paixão.
Esta musa vive em seu palácio, construido apenas de paradoxos, incensos, chuva e roxo. Mas ela não está só, vivem em companhia das Coisas do Espírito e dos gnomos do Improvável.
Muitas vezes deita-se no leito do Desespero para depois abandona-lo ao nascer da Razão.
Implora a atenção dos homens, seduz até os mais fortes com suas promessas de libertação, porém já houveram tempos melhores.
Agora só lhe resta o amor pelos detalhes e pelas coisas invisíveis. Chora ao ver uma gota formar-se para em seguida se atirar ao abismo com toda a inocência da ignorância.
Pega sua pena de borboleta e escreve um poema. Um poema sem métrica, ritmo, rima...
Pois para ela o Poema so precisa ter, talvez, Poesia.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Mundo de espelhos

Com o tempo esqueci de viver.
Comecei a fazer o que era preciso, e não o que eu queria fazer.
Neste ponto foi bom ser adolescente:
Não ter grandes preocupações.
Com o tempo você se cansa de lutar,
Parece sentir o peso dos anos, o peso do mundo.
Sente-se frágil e acuada.
Fica sem paciência de explicar, de entender, de ler, de ouvir...
Com o tempo aprende só a fingir, a reclamar, a chorar.
Ah! E os vícios?!
Sempre adquire alguns.
E distúrbios e cada vez mais doenças.
Come cada vez mais ou cada vez menos.
Dorme cada vez mais ou cada vez menos.
Sempre sente dor e se entorpece com drogas.
Sua vida é um tormento.
Sempre está com medo de alguma coisa.
Mas mesmo assim não deixas de ser hipócrita.
Para seres o que realmente és.
O jardim rejeitará o pó de tuas cinzas...
O sol te queimará.
A sombra da árvore não te abrigará.
Tu mataste a árvore, agora agüenta!
Será destruído pela conseqüência de teus atos.
(Já que tua consciência anda adormecida!)
Corres, e já nem sabes para onde.
Choras, e já nem sabes o por quê.
Comes, e já nem sentes o gosto.
Tua gentileza é tão falsa quanto o seu sorriso.
Será que és capaz de agüentar viver em um mundo de espelhos?

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

EsTrAnHo ViVeR

Às vezes eu só quero silêncio.
E entro em transe sem perceber...
E, de repente, eis me estranha novamente sem saber por quê.

Todos os dias tento me convencer de que não estou louca!
E tento sobreviver a este enorme desafio que é viver.
Tudo acontece mecanicamente, como se eu estivesse dormindo.
Busco ânimo para não fenecer...

Sou cinza, sou o calor da chuva.
Sou o que você quiser, apenas em seus sonhos.
Se me tocares, o sonho se desfaz.
E tudo desmanchar-se-à, voltaremos ao caos.
Sou a ilusão que você precisa para viver, sou a dor que você evita...
A ferida que não cicatriza.
O feto que não quer nascer.

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Cannabis Sativa

Um javali alado
Olhos de vidro
Buás voadores
Satã travestido
Objetos não-identificados
Outro peixe falante
Um super macaco
Ovos supersônicos
Um chão engraçado
A agulha que cai
Chuva de bolinhas de gude
Travesseiro de pedra mole
Vontade de correr
Flutuo no espaço
A cara de um chapéu
Arco-íris fantastico
A Biblia em cordel
Um pênis de plástico
Um pinguim que aparece e some
Ouço vozes que se calam
Antes que tudo acabe
E também antes da fome.

* Baseado em fatos reais.

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Depressões de aniversário!...

Não gosto de Carnaval,
Páscoa,
Natal,
Aniversário.
Eu gosto é do silêncio da noite.
De vaga-lume e de poesia.
Incenso e magia,
Filmes de drama e putrefação.
Gosto da natureza,
Mas não gosto de insetos!
Na verdade nem sei de quem eu gosto.
Mas os insetos são importantes...

Estou derretendo com o aquecimento global...
Que pena!
Será que um dia encontrarão o meu coração?!
E se o encontrarem terá ele forças para viver?...
Quero doar os meus órgãos,
Para que alguém possa aproveitar a vida que eu não tive...
Quero doar meu sangue,
Já que ele vai apodrecer de quaquer forma!
Quero ser útil pelo menos morta.

Quero que os vermes roam o meu corpo frio,
E que depois eles morram também...
E que nossos restos se misturem
E se transformem em belas plantas.
E que essas plantas possam alimentar a alma de quem passar por perto.
E que ninguém mais sofra em vão...
Que haja muitas flores, frutos e alegria.
Que todos possam viver em harmonia,
Pelo menos em meus sonhos,
Para que eu possa dormir em paz.

Erros repetidos...

Ainda insisto no erro...
Por medo de errar,
Não tentei.
Por medo de sofrer,
Não amei.
Por medo de gritar,
Abafei.
E isso só cresceu dentro de mim...
Por medo de errar,
Me calei.
Por medo de achar,
Não procurei.
E por isto, ainda estou aqui.
Entre luzes e fumaças.
Embriaguez e alucinação.
Gestos repetidos, buscando inovação.

Hoje eu só quero esquecer

Hoje eu só quero esquecer,
Esta agonia que eu sinto e não sei por que.
Só queria ter um pouco de esperança,
Mas tudo ajuda o mundo a desmoronar cada vez mais rápido.
Acho vou criar minhocas,
Tomar banho de roupa,
Andar pelada.
Vou tatuar o sol em minhas costas,
Assim ele sempre me aquecerá!
Vou fazer um moicano,
Arrancar este véu de minha cabeça!
Quero fazer algo que nunca foi feito!
Será isto possível?!
Sei lá!
Acho que só posso fazer algo que EU nunca tenha feito.
Mas há tanta coisa que nunca fiz...
Acho que começarei a conjugar o verbo amar em primeira pessoa:
Eu amo...
Mas, calma aí!
Quem? O quê?
Será que o amor precisa ter ou fazer sentido?
Tenho aversão a sentimentos fortes...
Gosto de ser triste...

Estações condicionadas da alma



Aqui estou a me destruir
Na grande agonia de viver.
Que será viver?
Vida é apenas a etapa que se passa antes de estar completamente morto.
Pois nasce-se morto inacabado,
Apenas à espera que se finde de vez.
Posso sentir os vermes passeando pelo meu corpo,
Faz frio e minhas mãos estão roxas,
Estou tremendo sem querer,
A fumaça dos carros invade meus pulmões...
Ouço gritos na rua.
Ouço?!
Alguém mais ouviu?
...
Há momentos de convalescência, sim
Num bom livro, um belo poema,
No abraço de um amigo quase se vive.
Quase!...
Mas o calor acaba e o combustível nunca é suficiente.
Depois sempre vem o frio
E as cores da primavera vão dar lugar ao outono.
As árvores secam...O livro é roído pelas traças,
O poema não encanta mais.
O amigo some.
São brincadeiras que a vida faz...
Mas ainda espero pela primavera,
Mas preciso mesmo das outras estações...?

Danielle, Ana Alice.