sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Danielle

Hoje é 25 de agosto de 2010. Hoje é um bom dia para escrever. Uma quarta-feira, um dia como outro qualquer, tirando o fato de que é lua cheia (e eu gosto muito de lua cheia!). Eu nasci a vinte anos atrás, no fim do século passado. No tempo em que se ouvia música em LP, em que havia profecias de fim do mundo para o ano 2000 (agora é para 2012), no tempo em que se ouvia Raça Negra e se dançava É o Tchan (eu dançava É o Tchan!)
Tem gente que comemora o próprio aniversário. Eu gosto de comemorar o aniversário dos outros. Antigamente (até ano passado) eu sumia, desligava o celular, não queria que me encontrassem nesse dia. Ficava sozinha, pensando na vida. Pensando... Sobre o que me aconteceu e no que deveria fazer. Achava estranho que as pessoas só se lembrassem de mim no meu aniversário. Mas percebi que fazia o mesmo com algumas pessoas. Aliás, uma das funções úteis do orkut é que ele mostra a data do aniversário dos seus “amigos”. (Talvez eu deva repensar se isso é realmente útil ou se serve justamente para nos acomodarmos, pois não precisaremos lembrar de certas datas se algo ou alguém faz isso por nós.)
Por algum motivo algumas pessoas ficam chateadas quando algumas pessoas não lembram do aniversário delas. Eu não sou uma dessas pessoas. Mas não desvalorizo mais quando alguém se lembra de mim no meu aniversário. Comecei a perceber que essas pessoas são bem intencionadas e que isso deve ser valorizado. Então achei melhor simplesmente viver. Para mim, o aniversário de uma pessoa é um dia como outro qualquer, então não há porque agir de forma diferente. Todos os dias são importantes! Um dia qualquer é sempre um dia promissor. Sempre há algo a aprender, algo a ensinar, um pouco a se doar, amor para dar...
Percebi tantas mudanças em meu corpo, tantas mudanças climáticas, culturais e sentimentais dentro e fora de mim. A sociedade mudou, os indivíduos mudaram, mas a essência continua a mesma. Toda mudança tem um certo grau de resistência, um certo apego ao passado e receio do futuro. Nossos passos são incertos, mas são nossos! Só consigo imaginar o progresso. Que tudo o que passamos servirá como ponte e nos levará aonde precisamos ir. Não sei o que me aguarda e não faço previsões. Quero tornar cada momento único e que ele seja um fim em si mesmo. O presente é tudo o que temos e isso é um presente! Só quero o que minha mente possa guardar, todo o carinho que couber em meu coração. Quero todo o amor que eu possa ter pra dar, força para melhorar e confiança no meu Criador. Não acredito no fim, para mim tudo tem reticências. Sempre há algo a se acrescentar, por isso, deixo esse texto assim: sem fim!

Danielle Rodrigues

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