quinta-feira, 25 de setembro de 2008

A musa Loucura II

Admira-se diante de seu espelho de Ilusões e acaricia lentamente as cicatrizes e os hematomas espalhados por todo seu corpo. Foram causados pelos remedios e pelos médicos de cabeça, como ela costuma chamar os psicólogos, psicanalistas, psiquiatras... que a perserguem como dantes perseguia-se às bruxas a nem tão "Santa" assim Inquisição. Porém ela não se recente nem de um nem de outro, pois todos já adormecem em seus braços sempre acolhedores.Em sua vida Loucura arrepende-se apenas de um feito: Narciso.
Foi mal interpretada pela Beleza na maioria das vezes. Consterna-se ao ver Narciso debater-se contra o espelho, tomar drogar e multilar-se em busca da Perfeição. Tenta em vão desfazer o engano que se formou em sua mente, dizendo-lhe que a verdadeira beleza não se pode ver através de espelhos, mas ele a ignora, ignora a si memso, desconhece-se e continua a debater-se cada vez mais.
Loucura tenta sempre consolar a Angústia que chora dia e noite, quase sempre serve-lhe de válvula de escape, confortando-a com suas meias-verdades, mas este é um remédio apenas paliativo, pois a Angústia jamais será consolada enquanto houver vida.

Um comentário:

Jônatas Freitas disse...

Olá Ana, eu vi seus comentários no nosso blog, muito obrigado!!
Eu ainda vou ler as postagens do seu blog e depois vou te falar o que eu achei, bjos