terça-feira, 25 de novembro de 2008

Considerações lógicas sobre dobro e metade.

O dobro de mim é o nada.
O dobro do silêncio é o vazio,
A metade dele é o sussurro.
O dobro da vida é a morte,
E a metade tristeza.
O dobro do prazer é a dor.
Metade da mentira é verdade,
E o dobro da verdade é mentira.
O dobro do carinho é o beijo,
O dobro do beijo é o sexo,
E a metade do sexo é desperdício.
O dobro do vício é a paixão,
E a metade é apenas vontade.
O dobro da tristeza é a depressão,
E a metade é lucidez.
O dobro do medo é a fobia,
E sua metade é coragem.
O dobro da raiva é o ódio,
Metade de raiva dá briga.
Metade do dia é noite,
E metade da noite é magia.
Metade da fé é costume
E o dobro... bem, não há registros...
Metade do homem é de água,
E o dobro de estupidez.
Metade dos seus problemas não existem,
E a outra metade não tem solução...
Metade do mundo é uma merda,
E a outra metade só cheira.
A metade de tudo é muito para escrever,
E o dobro do nada é indiscritível...
Metade de mim é o nada.

3 comentários:

Anônimo disse...

*-*
Nossa!
Indescritivelmente belo!
Será que conseguiremos apenas a lucidez?
Assim espero!
:*

Ana Alice disse...

Eu também espero que sim, ter lucidez já é sofrimento suficiente...

Jônatas Freitas disse...

realmente incrível, antológico!!
Parabéns!!